Cuidando de si: Ayahuasca e as masculinidades

Tempo de leitura: 16 minutos
Field Guides, Fred Tomaselli, 2003

Por José Carlos Rodrigues [1]

Há uma busca contemporânea por reformar a concepção de masculinidade vigente, e essa acaba por pressupor um processo de autoconhecimento que permita ao homem compreender a si mesmo de maneira mais autêntica. Uma das maneiras de possibilitar essa maior consciência de si pode passar pelo uso de uma poderosa substância milenar usada em território nacional, a Ayahuasca.

O autoconhecimento

Atualmente, há inúmeras abordagens a respeito desse tema, mas gostaria de ir para um lado mais profundo, e que tem a ver com minha vida e formação: a filosofia.

Quando me refiro a filosofia ressalto-a também como atitude, ou prática, e não apenas como corpo teórico e doutrinário da tradição intelectual do ocidente. Tal atitude, na verdade, se mostra em diversas épocas e etnias, expressando a incansável busca humana por respostas.

Olha que beleza: eu, você, nós não nos contentamos com a obviedade do mundo enquanto dado, queremos ir além e compreender a fundo o que são as coisas e como funcionam. E, é justamente por compreendermos melhor o mundo, que criamos maneiras de viver melhor nele.

Mas, a filosofia também se preocupa com a configuração do ser no mundo, habitando o espaço e o tempo. Compreender a si mesmo se torna o centro, pois, conforme entendo a mim mesmo, compreendo meus limites, minhas tendências, minhas vontades e assim por diante. 

 O filósofo francês Michael Foucault, em debate com Pierre Hadot, retoma a filosofia grega e nos diz que o famoso “conhece-te a ti mesmo” cravado no oráculo de Delfos e exaltado por Sócrates, tem uma significação muito diferente do que nós compreendemos. Para nós, pós-modernos, conhecer tem um aspecto meramente teórico, porém, para os gregos esse conhecimento também está associado a uma prática. 

Nesse ínterim, conhecimento teórico e prático não estão absolutamente dissociados, o que leva o conhecimento de si a ser também, segundo o pensamento antigo, um “cuidado de si”. Pois, na medida em que me conheço como alguém, levando em conta toda a complexidade de ser quem sou, posso então cuidar melhor de mim mesmo.

“Saber é poder”

Compreender o conhecimento como mera teoria é, nada mais, nada menos, que uma maneira de escondermos para nós mesmos o caráter instrumental a que submetemos o saber. Como assim? 

Uma das linhas interpretativas para explicar isso está justamente no desenrolar do pensamento ocidental que chamamos de “Renascimento”.

Esse período é aclamado como uma revolução cultural em todos os aspectos: artístico, científico, filosófico, político, ético, etc. O termo renascer ganha seu sentido quando entendemos que o mundo greco-romano da antiguidade é eleito o berço da cultura ocidental. Logo, era preciso retomar seu desenvolvimento a despeito da Idade Média. Com isso, a tradição filosófica grega, como um todo, foi retomada a partir da interpretação dos renascentistas.

É dali que surge o humanismo, por exemplo, e também a célebre frase de Francis Bacon: “saber é poder”. A associação entre saber e poder desponta como uma tendência do ocidental a entender o conhecimento como ferramenta de um sujeito para a dominação de seu objeto. Vemos, como a marca da Europa é o carimbo no lombo daqueles submetidos a seu domínio.

Há um distanciamento entre a maneira grega e a europeia de pensar, que terá repercussões até os dias atuais.

Mas, é preciso se perguntar: quero conhecer para quê? Para dominar ou para cuidar?

Avançando, notamos como atualmente as pessoas pretendem conhecer justamente para controlar, manipular, dominar seus objetos de estudo. E isso possui consequências no modo como o autoconhecimento é visto nos dias de hoje. Conhecer nunca está apartado de uma prática, porém, proponho a reflexão acerca do sentido dessa relação: nós cuidaremos ou dominaremos o mundo? Somos soldados numa campanha de conquista, ou jardineiros de um belo jardim?

Fungi anda Flowers, Fred Tomaselli, 2002

Essa é uma pergunta que nós, homens ocidentais, devemos nos fazer

Porque pelas circunstâncias de nossa formação, tendemos a olhar a primeira opção como mais tentadora. Mas isso pode ser visto como uma hipertrofia de nossa masculinidade e a carência de nossa feminilidade. Ou seja, a dimensão do cuidado é vista como atributo do feminino, e consequentemente, suprimido em favor da conquista, competição, sucesso, controle etc.

Autoconhecer-se é reconhecer nossa estrutura enquanto seres viventes e pensantes. É compreender como você se configura no mundo, o habita e se relaciona com outros que estão contigo nessa. Mas, é preciso se perguntar: quero conhecer para quê? Para dominar ou para cuidar?

Se a resposta for a primeira, então o que se busca é o “sucesso” e se conhecer te possibilita compreender seus pontos fortes e fracos para alcançar objetivos pessoais. Se a resposta for a segunda, bem-vindo a uma jornada de reforma íntima, tendo em vista sarar as próprias feridas e as do outro, como também aquelas que deixamos no mundo. E, não ignoramos uma resposta que não se reduza a uma ou outra, mas a uma mistura, por que não? Será possível? Aí já estamos fazendo filosofia.

Nessa jornada existem alguns aliados muito importantes: além da própria tradição filosófica, há também as psicoterapias em geral, religiões, terapias alternativas, e aquilo que chamamos de “espiritualidade”.

Nesse texto, vamos dar atenção à capacidade que a Ayahuasca possui nesse processo de autoconhecimento e reforma íntima para traçar novos sentidos de masculinidade.

O que é a Ayahuasca?

Bem, agora, o que a Ayahuasca tem a ver com isso? Irei descrever rapidamente o que é a bebida num panorama geral. Esse passo é necessário para um mínimo de informações àqueles que nunca ouviram falar, ou que conhecem apenas superficialmente o tema, criando um contexto para nossa conversa.

Em linhas gerais, essa é uma bebida sagrada para algumas etnias ameríndias, sendo utilizada para rituais de purificação e outros. É feita a partir da união de uma folha chamada Chacrona e uma raiz chamada Jagube. Outro ponto é que, a Ayahuasca não é uma droga, e é permitida no Brasil em contextos religiosos, como no Santo Daime, por instituições credenciadas.      

 A Ayahuasca é entendida como um psicoativo, e seus efeitos se dão a partir da ação de enzimas no cérebro que causam uma “expansão de consciência”, abrindo o indivíduo para novos campos de percepção e de pensamento, possibilitando o que se costuma chamar de “borracheira” ou “força”. Esse estado é responsável por “mirações” (visões interiores) e profundas purificações tanto do corpo físico como no afetivo. 

Emoções há muito guardadas, provindas de experiências do indivíduo, podem se somatizar em nosso corpo, o que a Ayahuasca auxilia no expurgo. Porém, não sem antes um profundo processo de autoanálise no qual nossa psique tem alguns acessos acerca dessa somatização. Ou seja, a pessoa entra em contato com a emoção sentida, e muitas vezes o contexto na qual se deu, “resolvendo” o conflito interno.

Abductor, Fred Tomaselli, 2006

Outro aspecto importante é a descoberta de efeitos neurofisiológicos que a bebida proporciona. O cérebro de uma criança, por exemplo, está aberto a diversas associações em sua experiência, enquanto o sujeito adulto acaba se “viciando” por caminhos já estabelecidos como “certos”. O uso da Ayahuasca nos devolve uma maior plasticidade neuronal, recriando caminhos, ressignificando atitudes, abrindo novas possibilidades de vivenciar o mundo. Isso acontece pelo fato de que, numa sessão, nosso cérebro funciona num patamar que possibilita voltarmos a certas experiências e vê-las sob novos ângulos, criando novas associações, e, portanto, proporcionando uma nova maneira de pensar.

É por isso que muitas pessoas têm um certo medo de encarar um ritual de Ayahuasca, pois terão de enfrentar dores antigas, traumas e processos que, muitas vezes, não eram esperados.

Mas calma! Não se trata de um simples alucinógeno, você não vê dragões coloridos ou o mundo desabando, as “visões” são mais interiores, sendo melhor caracterizada como um enteógeno: substância que propicia um contato interior. Você não vai ficar viajando em alucinações, mas entrará em contato consigo mesmo, com aquilo que está em sua mente e corpo.

A assim chamada “expansão de consciência” proporcionada por esta bebida está em sua capacidade de nos colocar em profundo estado de contato consigo mesmo. Primeiramente, não é todo dia que você fica cerca de 4 horas lidando apenas com VOCÊ MESMO. Dessa maneira, essa experiência nos proporciona reavaliarmos posturas, comportamentos, analisar emoções mal resolvidas e acessar conhecimentos profundos a respeito de nós mesmos.

Chega um momento em que não podemos mais ignorar a profunda mudança que a Ayahuasca nos convida a fazer: a de sermos cada vez mais autênticos para nós mesmos. Essa é uma vivência espiritual de cunho íntimo e intransferível. Quem é você? O que você verdadeiramente anseia

Minha vivência como homem

Não é segredo que a maneira como se cria meninos em nossa sociedade pode ser, e muitas vezes é, dolorosa e recheada de cobranças a respeito dos sentimentos e comportamentos considerados privilegiados. Por muito tempo minha vida foi atrelada a afetos não resolvidos, sentimentos não aceitos e desejos não consumados. O medo e a insegurança em relação ao que eu achava que devia ser acabava por eclipsar justamente o que eu era. 

Se formou um cabo de guerra entre o que eu sentia e a aparência que devia transparecer, em vista de ser aceito e visto como alguém.

É um ciclo de sofrimento que muitas vezes nem notamos que dói! Ao longo de nossas vidas vamos calando nossas emoções sob a casca grossa do homem que deveríamos ser. Já dá pra antecipar os efeitos que a Ayahuasca terá, não é?

Organism, Fred Tomaselli

Minha caminhada rumo a Ayahuasca foi justamente num momento de crise, o qual eu já estava no fundo do poço em busca de respostas. Nessa época eu consumia drogas de todos os tipos, na ingênua tentativa de ter uma experiência significativa que me proporcionasse o que eu procurava. Realmente, tive experiências significativas que são bem ilustradas por uma montanha russa, com altos e baixos. No fim das contas, a sensação de estar perdido continuava e até aumentava.

Mas, eis que, convidado por uma grande amiga, lá fui eu conhecer essa bebida chamada Ayahuasca. Cheguei sem muitas expectativas, e minha primeira sessão foi…nada. Senti apenas desconforto. Mas, dei outra chance, e o que vivenciei e vivencio até hoje foi revolucionário: a oportunidade de olhar para mim mesmo de uma forma sincera. 

Comecei a entender o que estava “faltando”. Faltava eu parar de ouvir as “vozes” que diziam: seja assim, seja assado, você não é suficiente, seja melhor, etc. E começar a ouvir a minha voz: quem sou eu? O que eu sinto? O que eu realmente quero?

Pare de responsabilizar os outros e as circunstâncias, e concentre-se em quem você é e observe como você lida consigo e com quem está a sua volta.

Primeiramente tive medo, pois era uma coisa nova, e que me botava totalmente fora de minha zona de conforto. 

O primeiro passo para minha auto-descoberta foi: pare de responsabilizar os outros e as circunstâncias, e concentre-se em quem você é e observe como você lida consigo e com quem está a sua volta.

Lembro como se fosse hoje. Eu estava nas minhas primeiras sessões com a Ayahuasca, e estava me expressando abertamente, e era lindo, e quando notei uma presença feminina passando eu travei, assumindo outra postura. Assim que ela passou eu voltei automaticamente a me movimentar. Uma lâmpada ascendeu: por que eu travei? Começou ali um processo de compreender meus bloqueios.

Fui adentrando na busca dos motivos de certos comportamentos, descobrindo que eles não surgem “do nada”, mas possuem uma história, uma raiz, que muitas vezes é ignorada. Adentrando cada vez mais, percebi que eu fiz isso a vida inteira, eu era livre e feliz até que alguma coisa me fazia assumir novos comportamentos. E passei a notar isso em diversos contextos e com diversas outras coisas.

Isso me levou a algo incrível: um olhar de carinho. Olhar para mim e me enternecer com minha própria história, uma epopeia cheia de aventuras que me levou a ser o que sou. Pude chorar pelo que vivi, e ao invés de me culpar e me lamuriar com erros e dores, compreender como fui me construindo.

Jean-Paul Sartre, outro filósofo francês do século XX, coloca muito bem esse processo quando diz que todo passado pessoal recebe sua significação a partir de um presente. Conforme mudamos nossa maneira de encarar o que estamos vivendo, as experiências passadas são revestidas de um novo sentido. O que passou pode tornar-se um fardo, ou o indício de um caminho que culmina no agora. Ressignificar nossa história não é um ato apenas intelectual, mas uma mudança de postura que pode reconfigurar o sentido de nossas vidas.

A aceitação plena de mim mesmo me proporcionava uma outra coisa: amor. Um profundo amor que me permitia mudar, não mais porque eu odiava o que era, mas porque eu queria crescer, ir além. Assim como uma flor que precisa de raízes que a alimentem, eu era o resultado de algumas experiências que,  mesmo dolorosas, me alimentavam. Fechar os olhos para nossas raízes é o mesmo que ignorar como a realidade presente se configura.

Desse modo, o resultado é que qualquer tentativa de mudança é em si inautêntica se ignora os motivos para se querer mudar. Muitas vezes a gente inventa o porquê de nossas insatisfações a partir do que acreditamos ser insuficiente em nós mesmos, amparados nos padrões que assimilamos ao longo de nossa vivência.

Gyre, Fred Tomaselli, 2014

Eu estava tão feliz de ser quem eu era, que estar cara a cara com minhas dores me levava a gargalhadas. Não de loucura, mas porque eu passei a me entender, me permitindo dissolver padrões de comportamento, simplesmente porque notei que eles não faziam mais sentido, agora que via sua origem com outros olhos.

Por que eu quero parecer ser alguma coisa para alguém? Por que eu preciso adotar certas atitudes para ser aceito? Será que preciso me mutilar para ter aceitação? Eu sou bom o bastante para o mundo? É um emaranhado de afetos que angariamos ao longo do tempo. Lembram do rack da sala nos anos 90, com um monte de fio da TV, do DVD, do vídeo cassete, da parabólica, do vídeo game etc., todos enrolados? Em em um ritual de Ayahuasca a gente é convidado a identificar o fio de cada coisa e alinhá-los.

Isso me lembra de outra coisa. Falei mais acima que quando comecei a ir nos primeiros rituais, eu ainda utilizava diversas drogas e me sentia perdido. No meu caso, aconteceu um fato curioso: eu não tomei uma “peia” por causa das drogas. A gente fala peia quando passamos por processos muito difíceis e que demanda muito trabalho íntimo para dissolver certas questões.

Em um dia qualquer, fui “fumar um” com uns amigos, e comecei a sentir os efeitos corriqueiros da maconha. Quando, no auge daquele momento, me peguei todo abobalhado, lembrei do meu estado na força uma semana atrás em uma sessão, e me questionei: “com a ayahuasca eu pude sentir toda minha potência, me sentir pleno e belo, agora me sinto meio bobo e muito inseguro”.

Foi nesse momento que eu literalmente larguei todas as drogas que eu consumia (por sorte não viciei em nenhuma), pela simples constatação de que elas não me aproximavam de uma expressão autêntica de mim mesmo, mas o contrário. Isso me levou a refletir sobre o que eu consumo, sobre as relações que cultivo, sobre os comportamentos que reafirmo. 

A jornada espiritual a que entrei foi a de uma busca autêntica por mim mesmo. Me libertando de padrões fixos e podendo remodelar minha experiência. Ter a oportunidade, ao menos parcial, de mudar os rumos de minha vida e cuidar melhor de mim mesmo e daqueles que me rodeiam.

Refazendo os padrões de masculinidade

Estamos numa época diferente, antigamente os meninos tinham padrões muito bem estabelecidos para seguirem, mas hoje, o padrão parece estar tão adoecido que tornou a masculinidade um paradoxo: ao mesmo tempo difusa e centralizada. Uma experiência que apenas propicia confusão e dor aos meninos.

Difusa porque os meninos não possuem parâmetros bem definidos a seguirem. Os privilegiados que possuem pais ainda precisam lidar com sua ausência ou com sua indisponibilidade emocional, e por isso criam figuras masculinas precárias, muitas vezes provindas do entretenimento midiático.

Os jovens não compreendam bem o seu lugar na sociedade… Existe uma cartilha, mas não se encontra um referencial coeso.

Centralizada, pois, tacitamente, parece haver um “jeito” certo de como se deve ser, que muitas vezes é reafirmado, implicitamente ou explicitamente, na criação e na mídia. 

Onde estão nossas fontes de inspiração? Quanto tempo de qualidade os meninos possuem com homens para aprenderem sobre masculinidade? Até que ponto os homens estão conscientes de sua influência para com a juventude?

A falta, por exemplo, de ritos de passagem faz com que os jovens não compreendam bem o seu lugar na sociedade. Sabem apenas que devem ser os “fodões”, suprimirem qualquer traço “feminino”, e por aí vai. Existe uma cartilha, mas não se encontra um referencial coeso. Há uma receita de bolo, mas não se sabe bem que bolo é esse.

Um aspecto sociológico proeminente é que as definições de gênero eram construídas nas sociedades antigas a partir da divisão de tarefas na comunidade. Mas, atualmente essa divisão se dá de maneira cada vez mais complexa, e homens e mulheres passam a compartilhar os mesmos postos e responsabilidades. E, isso é um fator a se levar em conta na hora de estabelecer o “papel” do homem nos dias de hoje.

Untitled, Fred Tomaselli, 2020

Outro ponto é a crítica que cada um deve fazer a respeito de nossa própria sociedade, pois é uma característica de nossa época refletir sobre a qualidade dos modos de vida que adotamos. Será o padrão de masculinidade atual aquele que queremos para o futuro?

Acredito que hoje deveríamos buscar nosso padrão de masculinidade mais internamente do que externamente, mas também apenas como prelúdio: essa viagem ao interior é para o homem a possibilidade de uma ressignificação da própria experiência enquanto ser humano. E, então, emergir como homens de si mesmos, para compartilhar e formar uma nova concepção intersubjetiva de masculinidade, ou seja, uma noção de masculino feita por várias mãos. 

Dessa maneira, tornando possível a produção de referências saudáveis para nossos meninos, para que possam olhar em volta e saber muito claramente o que podem ser e desejar isso, sem traumas. Nos atentando para o fato de que é importante haver padrões sociais para que a sociedade tenha coesão, mas que os padrões respeitem as diversidades, ou melhor, para que a diversidade seja um princípio na formação de tais padrões.

Desse modo, se considerarmos o autoconhecimento um aspecto relevante na construção de masculinidades mais saudáveis, entendo que a Ayahuasca, e quem sabe outros psicoativos, possui seu lugar. Talvez não seja para todos, mas certamente para aqueles que sentem esse chamado. Ayahuasca não é diversão ou fuga, mas um profundo encontro consigo, o que pode ser considerado terapêutico, mas é, sem dúvidas, uma via essencialmente espiritual.

[1]^ José Carlos Rodrigues é mestrando em Filosofia, professor na educação básica. Participa do grupo Dias de Sol cujo o foco é a promoção da reforma íntima do homem através da Ayahuasca.

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